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Além do famoso fóssil, o de hominídeo mais completo já encontrado, no total, Yves Coppens co-assina seis descobertas de hominídeos.

Yves Coppens com um modelo da cabeça de “Lucy”
© LIONEL BONAVENTURE / AFP
O paleontologista francês Yves Coppens, responsável pela descoberta de vários fósseis de hominídeos, incluindo a famosa “Lucy”, morreu esta quarta-feira aos 87 anos, anunciou sua editora, Odile Jacob.
“Yves Coppens deixou-nos esta manhã. A minha tristeza é imensa”, escreveu Odile Jacob, elogiando “um enorme sábio”.
“Eu perco um amigo que me confiou toda a sua obra. A França perde um dos seus grandes homens”, acrescentou a editora.
O cientista morreu após doença prolongada, informou ainda a editora à AFP.
Paleontólogo de renome mundial, professor emérito do Collège de France e membro da Academia de Ciências, Yves Coppens não parou de narrar a epopeia humana, com um “talento de contista, de ensaísta”, disse ainda Odile Jacob.
Este caçador de fósseis apresentava-se como um dos “pais” de “Lucy”, junto com os cientistas Maurice Taieb e Donald Johanson: em 1974, na depressão de Afar, na Etiópia, a equipa revelou ao mundo o fóssil de hominídeo mais completo já encontrado, de um australopiteco com 3,2 milhões de anos.
No total, Yves Coppens co-assina seis descobertas de hominídeos.
Filho de um físico nuclear, nasceu em 9 de Agosto de 1934 em Vannes, no oeste da França.
Diário de Notícias
DN/AFP
22 Junho 2022 — 18:38