OPINIÃO
A casa, chamemos-lhe assim, é um quadrado acanhado. Uma mini-cozinha e ao lado, sem separação, sanita e chuveiro.
Em frente, a cama e uma mesa com duas cadeiras. Um open space – muito open (não há maior abertura do que cozinhar ao lado da retrete) e pouco space (não há espaço menor quando se está sentado na retrete quase colada ao fogão onde a sopa está ao lume) – que só custa 575 euros por mês.
A pechincha é apenas para uma pessoa. Se for mais alguém para lá morar – na improvável hipótese de ali caber mais um ser humano – o preço sobe. O cubículo fica no Porto, mas em Lisboa é igual.
Há senhorios bons em todo o país. É a mesma gente que se queixa dos impostos, esses malvados que só servem para subir o preço dos combustíveis.
Os lucros das gasolineiras nunca influenciam a factura. Coitadas. Já não há liberais como antigamente.
*Jornalista
Jornal de Notícias
Hugo Silva
09.04.2022 às 00:07
Pelas vítimas do genocídio praticado
pela União Soviética na Ucrânia