– É esta a “liberdade” e as “amplas liberdades democráticas” que os comunistas portugueses (PCP) tanto apregoam e APOIAM, quando um louco assassino, ex-KGB de formação na ex-União Soviética (URSS), nacionalista de gema e fascista convicto, manda matar, num genocídio global, tudo o que seja contra a vontade dele. Putin não é a Rússia, diz com razão Navalny mas infelizmente e enquanto esse assassino não for julgado no Tribunal de Haia por crimes contra a Humanidade, os Ucranianos terão de se defender desta invasão sem precedentes, com ameaças até de confronto nuclear!
SOCIEDADE/UCRÂNIA
O opositor lembrou que está preso e não pode comparecer aos protestos, mas reiterou o seu apelo aos cidadãos para que se manifestem diariamente contra a invasão da Ucrânia.

Alexei Navalny, líder da oposição na Rússia
© Global Imagens
O opositor russo Alexei Navalny, actualmente preso na Rússia, convocou esta quarta-feira os seus compatriotas a saírem às ruas contra a invasão da Ucrânia ordenada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, a quem descreveu como um “czar louco”.
“A Rússia quer ser uma nação de paz. Infelizmente, poucas pessoas nos chamariam assim agora. Mas, pelo menos, não nos tornemos num país de pessoas assustadas e silenciosas, de cobardes que fingem não notar a guerra contra a Ucrânia desencadeada pelo nosso, obviamente, czar louco”, escreveu Navalny na rede social Twitter.
1/12 We – Russia – want to be a nation of peace. Alas, few people would call us that now.
— Alexey Navalny (@navalny) March 2, 2022
“Putin não é a Rússia. E se há algo agora na Rússia do qual nos podemos orgulhar são essas 6.824 pessoas que foram detidas porque — espontaneamente – saíram às ruas com cartazes a dizer: ‘Não à guerra'”, declarou o opositor.
6/12 Putin is not Russia. And if there is anything in Russia right now that you can be most proud of, it is those 6824 people who were detained because – without any call – they took to the streets with placards saying "No War".
— Alexey Navalny (@navalny) March 2, 2022
Navalny estava a referir-se aos milhares de pessoas que foram detidas nos últimos dias em várias cidades russas por se manifestarem contra a guerra.
“Não posso, não quero e não vou ficar em silêncio a ver absurdos pseudo-históricos sobre eventos de há 100 anos tornarem-se uma desculpa para os russos matarem os ucranianos e os ucranianos matarem os russos para se defenderem”, afirmou Alexei Navalny, o principal opositor do regime de Putin.
3/12 I cannot, do not want and will not remain silent watching how pseudo-historical nonsense about the events of 100 years ago has become an excuse for Russians to kill Ukrainians, and for Ukrainians to kill Russians while defending themselves.
— Alexey Navalny (@navalny) March 2, 2022
“É a terceira década do século 21 e estamos a ver notícias sobre pessoas a serem queimadas e casas a serem bombardeadas. Estamos a ver ameaças reais do início de uma guerra nuclear em nossas televisões”, acrescentou.
O opositor lembrou que está preso e não pode comparecer aos protestos, mas reiterou o seu apelo aos cidadãos para que se manifestem diariamente contra a invasão da Ucrânia.
“Não podemos esperar mais. Onde quer que esteja, na Rússia, Bielorrússia e mesmo do outro lado do planeta, vá à praça principal da sua cidade todos os dias”, declarou.
“Devemos cerrar os dentes e vencer o medo, sair e exigir o fim da guerra. Cada detido [nas manifestações] deve ser substituído por dois recém-chegados” aos protestos, declarou.
Navalny foi envenenado em Agosto de 2020 com um agente químico de fabricação russa (Novichok) e acusa os serviços secretos russos de tentativa de assassínio.
Depois de retornar à Rússia em Janeiro de 2021, após ter passado vários meses a convalescer na Alemanha, Navalny foi detido e condenado a dois anos e meio de prisão. Desde então, o Ocidente exige insistentemente pela sua libertação.
O opositor russo está a ser julgado novamente por novas acusações de corrupção, que o Ocidente e algumas organizações não-governamentais (ONG) consideram meramente políticas.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de milhares de deslocados e refugiados ucranianos na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
Diário de Notícias
DN/Lusa
02 Março 2022 — 11:45