SAÚDE PÚBLICA/SURTO/VÍRUS MONKEYPOX/INFECÇÕES
Foram registados, em 24 horas, mais 18 casos de infecção humana por vírus Monkeypox em Portugal, elevando para 209 o número total de infecções. Os doentes são homens entre os 19 e os 61 anos.

© PA/ALEX PLAVEVSKI
Portugal já ultrapassa os 200 casos de infecção humana por vírus Monkeypox. A Direcção-Geral da Saúde (DGS) anunciou esta quinta-feira mais 18 infecções confirmadas, face ao dia anterior, o que eleva para 209 o número total de casos registados.
A maioria das infecções foi reportada em Lisboa e Vale do Tejo, mas há também registo de casos no Norte e Algarve.
“Todas as infecções confirmadas são em homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos”, lê-se na nota publicada no site da DGS.
Os casos confirmados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) “mantêm-se em acompanhamento clínico, encontrando-se estáveis”.
A autoridade nacional de saúde, dirigida por Graça Freitas, acrescenta que a informação recolhida através dos inquéritos epidemiológicos está a ser analisada para contribuir para a avaliação do surto a nível nacional e internacional.
A DGS continua a acompanhar a situação a nível nacional em articulação com as instituições europeias.
Confirmados mais mil casos de Monkeypox em 29 países não endémicos, diz OMS
O director geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) disse na quarta-feira que já foram confirmados mais 1.000 casos de Monkeypox em 29 países não endémicos, e avisou que em algumas zonas já há transmissão comunitária.
Num documento publicado no ‘site’ sobre a doença, a DGS aconselha a quem tiver sintomas e sinais compatíveis com a doença, e sobretudo se tiver tido contacto próximo com alguém que possa eventualmente estar infectado, para entrar em contacto com centros de rastreio de infecções sexualmente transmissíveis, recorrer a serviços de urgência para aconselhamento e avaliação ou ligar para a Linha SNS 24 (808 24 24 24).
A DGS explica que a infecção pode ser transmitida de uma pessoa para outra através de contacto físico próximo, incluindo contacto sexual. “Actualmente não se sabe se o vírus Monkeypox pode ser transmitido através de sémen ou fluidos vaginais, mas o contacto directo, pele com pele, com lesões em práticas sexuais pode transmiti-lo”, sublinha no documento.
O contacto com vestuário pessoal, roupas de cama, atoalhados, objectos como talheres, pratos ou outros utensílios de uso pessoal contaminados também podem transmitir a infecção.
“As pessoas que interagem de forma próxima com alguém que está infectado, incluindo os profissionais da saúde, os coabitantes e os parceiros sexuais são, por conseguinte, pessoas com maior risco de lhes ser transmitida a doença”, lê-se no documento, acrescentando que “não está ainda suficientemente esclarecido se alguém infectado pelo vírus, mas que ainda não desenvolveu quaisquer sinais ou sintoma da infecção (portanto durante o período de incubação), pode transmitir o vírus”.
Os sintomas mais comuns são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço, aumento dos gânglios linfáticos com o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas.
As lesões cutâneas geralmente começam entre um a três dias após o início da febre e podem ser planas ou ligeiramente elevadas, com líquido claro ou amarelado, e acabam por ulcerar e formar crostas que mais tarde secam e caem, refere a DGS.
Diário de Notícias
DN com Lusa
09 Junho 2022 — 10:54

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